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Segurança e Privacidade na Internet: Como Manter Seus Dados Seguros e Protegidos

Tempo de Leitura: 6 minutos
Quando estamos online, esperamos desfrutar de um certo grau de segurança e privacidade. No entanto, nos últimos anos, houve uma série de casos de alto nível em que essa expectativa foi violada. Como resultado, é mais importante do que nunca estar ciente das maneiras pelas quais podemos manter um certo nível de segurança cibernética.

O que é segurança e privacidade na Internet e por que é importante?

Em tempos longínquos, quando queríamos mais privacidade na nossa casa bastava fechar as cortinas e seguir com os afazeres. Hoje temos “janelas” por todos os lados, por onde podemos olhar para o mundo lá fora – mesmo fisicamente distantes. Porém, o que alguns se esquecem é de que janelas funcionam em ambas direções: se você olha para fora, é possível alguém olhar para dentro.

Essas “janelas” incluem esse mesmo dispositivo que você está usando para ler esse artigo. É assustador imaginar-se vigiado em seus momentos mais íntimos, no entanto, segurança e privacidade online não são um assunto novo. 🔐

Falar de segurança na internet é conscientizar as pessoas sobre o que se passa nos bastidores da internet, sobre as intenções de organizações nos meios digitais, sobre a sua exposição em palcos globais, sobre os riscos e benefícios de ter seus dados armazenados na rede, sobre as boas e más práticas. 

Em resumo: ensinar-lhes que a janela está aberta, que a vizinhança pode vê-los se olhar para dentro, e apresentar-lhes opções de cortinas ou como fechar a janela.

Letramento digital – o conjunto de competências e familiaridade para com acesso, localização, compreensão e aplicação das informações disponibilizadas por meios digitais – é uma das habilidades essenciais para a maioria das pessoas atualmente. Quando abastecemos as pessoas com informações, permitimos que elas façam escolhas conscientes. Quando ensinamos como e onde buscar informações, oferecemos autonomia para buscar conhecimento e tomar decisões.

Controvérsias e escândalos em escala mundial

Sem entrar muito em detalhes, dado que são assuntos complexos e controversos, precisamos exemplificar. Em um passado recente, houveram casos de funcionários de grandes empresas e órgãos públicos que expuseram práticas abusivas e até antiéticas de seus empregadores.

Em 2013, vimos Edward Snowden revelar os esquemas de espionagem das agências de inteligência e de investigação do governo norte-americano. A CIA e outras entidades estavam espionando não somente os cidadãos dos EUA, mas interceptavam e recolhiam dados de usuários do mundo inteiro (visto que o país detém uma enorme parcela dos servidores físicos utilizados pelo globo). Isso tudo com consentimento da maioria das, se não todas, empresas fornecedoras destes serviços – mas não dos usuários.

Não muito tempo depois, em 2018, Brittany Kaiser veio a público para expor o uso de dados do Facebook pela empresa britânica Cambridge Analytica. Os dados de aproximadamente 87 milhões de usuários – a maioria sem seu consentimento – foram usados para influenciar referendos e eleições assim como prejudicar a imagem de políticos alvos de pesquisa de oposição. A empresa fechou no mesmo ano, mas o legado deixado serviu de alerta e impulsionou o discurso sobre consentimento e direitos relacionados à coleta, utilização e distribuição de dados privados.

Aos poucos, também vão sendo vazados mais documentos referentes às práticas da Cambridge Analytica e suas influências no cenário político global – sim, no Brasil também. Isso evidencia o quanto estamos vulneráveis a não só ter nossos dados à vista, mas que recebemos desinformação direcionada como forma de manipulação.

Legislação e Conscientização

Uma vez que a internet derrubou as barreiras geográficas, ela se torna uma área cinzenta quando se trata de responsabilidade e alcance governamental. Servidores usados em inúmeras aplicações estão espalhados pelo mundo todo. 

Dessa forma, surgem muitas dúvidas: Quais medidas estão sendo tomadas para assegurar a integridade e legitimidade de dados online? De quem é a responsabilidade da segurança dos dados? Quais são os órgãos encarregados de regulamentar e fiscalizar as práticas de empresas públicas e privadas? Como nós, usuários, podemos nos resguardar dessas práticas abusivas?

Calma! Respira. 🙌

Sim, é algo que devemos ter em mente. Mas não precisa sair deletando seus perfis e contas a torto e direito. Governos e entidades públicas e privadas em vários países estão exigindo e colocando em prática medidas e leis para proteger você e seus dados.

No Brasil, por exemplo, temos a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) que “dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.” Essencialmente, ela assegura que a propriedade dos dados é do titular e que os dados coletados não podem ser utilizados para fins ilegítimos, discriminatórios, ou que de qualquer forma infrinjam nos direitos do indivíduo.

Assim, qualquer negócio ou pessoa que solicitar acesso às suas informações pessoais precisa explicitar de forma clara e acessível quais os dados sendo coletados, como eles serão tratados e protegidos, e quais as finalidades de uso. Essa coleta e uso só pode ser realizada com seu consentimento (mesmo que passivo), salvo casos previstos por lei.

É por isso que hoje, na maioria dos sites que você visita, vemos avisos sobre “Aceitar Cookies” 🍪. Mesmo ao navegar na internet, você está disponibilizando dados sobre quem você é, sua localização, seu comportamento online, etc. Estes dados podem ser usados para facilitar sua navegação ou ter acesso a recursos especiais do site ou aplicação. 

Por exemplo, quando você coloca itens em um carrinho de compras em um e-commerce, são os cookies que guardam essa informação para você poder retomar a compra em um futuro próximo sem precisar encher o carrinho novamente ou até para você receber sugestões de compras de acordo com seu histórico no site.

5 práticas de segurança e privacidade na internet

Aqui estão cinco práticas recomendadas para garantir maiores segurança e privacidade online:

1. Use uma VPN 👩‍💻

Uma Virtual Private Network – ou Rede Privada Virtual – é uma forma de encriptar seus dados e proteger o seu acesso em redes públicas. Redes abertas podem deixar seus dispositivos vulneráveis a ataques maliciosos. Uma VPN camufla seu IP, redirecionando sua conexão por um servidor remoto e seguro. É por meio destes que algumas pessoas acessam catálogos de streaming de outros países – não que estejamos dizendo que você deva fazer isso.

2. Use senhas fortes e/ou um gerenciador de senhas 🔐

🛑🚨 PARE DE USAR A MESMA SENHA PARA TODOS SEUS ACESSOS!! 🚨🛑

É uma prática bastante comum, assim como a de usar aniversários, sequências numéricas (ex.: 123456), nome de usuário, etc. e é uma forma infalível para ter seus dados vazados. Gerenciadores de Senhas costumam ser uma ótima ferramenta para os paranoicos ou esquecidos de plantão (sem julgamentos, a gente também!), mas pesquise a empresa antes de dar-lhes esse tipo de controle. 

Ah! E escolha uma senha-mestre segura e que você vá lembrar de fato! Falo por experiência…

3. Cuidado com phishing 🎣

Lembra quando seus pais diziam para não confiar em qualquer pessoa na internet? Pois então… Clicar em links de fontes desconhecidas pode te expor a ataques, golpes e fraudes.

As técnicas de phishing têm ficado mais sofisticadas, logo desconfie de mensagens de desconhecidos, pessoas com pressa para ter seus dados (ex.: senhas, números de cartão, transferências), sites que não sejam os oficiais (alguns scammers até replicam o visual de sites de bancos para enganar pessoas), entre tantas outras.

4. Mantenha seu software atualizado 💾

Atualizações de softwares e apps não são para “encher linguiça”, empresas buscam realizar melhorias grandes e pequenas que melhorem a experiência do usuário. Essas incluem atualizar recursos de segurança, buscando reforçar e/ou eliminar pontos de vulnerabilidade que possam ser explorados por pessoas mal intencionadas.

5. Tenha cuidado com o que você compartilha online 👁‍🗨

Parece básico, mas sabemos que há muitos que divulgam detalhes de suas vidas aos quatro ventos virtuais. Não é incomum vermos personalidades sendo “canceladas” por conteúdos antigos, desenterrados com o intuito de prejudicar suas imagens.

E não pense que o “cidadão comum” está livre disso! Com pouquíssimas informações, é possível identificar pessoas na internet; e aqueles que conhecem ferramentas mais avançadas conseguem encontrar mais ainda. Pense bem sobre o que você coloca no mundo e com o que você está vinculando o seu nome e imagem.

Conclusão: Comece! 🏁

Cuidar da nossa privacidade online não é tão mais complicado que cuidar da nossa privacidade IRL (In Real Life, ou “Na Vida Real”), como dizem os jovens. É saber quais janelas estão abertas, fechar as cortinas, instalar algumas trancas… 🔒

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